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Por que se importar com privacidade?
Quando falamos em privacidade, muitas pessoas argumentam “Não tenho nada a esconder”, “Só teme quem deve” e outras coisas do tipo. Porém, permitir que seus dados sejam acessados e armazenados por terceiros, para quaisquer finalidades, pode ser uma questão muito mais complexa que isso. Já parou pra pensar que é por não ter nada a esconder que você não precisa que seus dados sejam acessados?
Nessa e nas próximas postagens, mostraremos por que se preocupar com provacidade, o quanto as corporações sabem sobre você e como tentar apagar seu rastro na rede.
Comecemos falando do Facebook. Talvez uma das principais reclamações dos usuários da rede social seja seu filtro de conteúdos, algumas páginas e postagens são priorizadas em detrimento de outras e, muitas vezes sequer vemos o conteúdo de determinada página em nosso feed de notícias. De fato, duas matérias¹ ² do Gizmodo mostram que o Facebook manipula o conteúdo que vemos na rede social, inclusive utilizando funcionários para filtrar o conteúdo.
Em matéria de maio de 2016³, a BBC destaca como a filtragem de conteúdos pode influenciar em nossas escolhas. Uma das técnicas utilizadas é o tal do “empurrãozinho”; é possível influenciar a decisão de várias pessoas apenas dando um pequeno incentivo. Um exemplo é tornar a doação de órgãos obrigatória, a menos que a pessoa se declare contra. O resultado é que mais pessoas acabam doando órgãos.
Dessarte, suas ações dentro e fora da rede são influenciadas pelo conteúdo que você vê na rede social que, por sua vez, é selecionado e filtrado pela própria companhia.
Outra consequência são as bolhas ideológicas, que cercam os usuários com aquilo que mais os agradam, de acordo com suas curtidas e outros comportamentos na rede. Esse último, no entanto, tem mais a ver com as ações do próprio usuário que com o algoritmo do Facebook, sendo este apenas um “empurrãozinho”. Mesmo assim, tal limitação ideológica diminui a pluralidade de ideias, o que obviamente, tem consequências desastrosas, como a polarização política.
Vemos que as informações que as redes sociais colhem sobre você podem ter influência direta sobre sua forma de pensar e nas decisões que faz diariamente. Recomendo muito a leitura dos artigos originais, linkados abaixo, e dos outros artigos sobre segurança nas redes sociais.
Referências:
[1] - Former Facebook Workers: We routinely suppressed conservative news. Gizmodo. Disponível em: <http://gizmodo.com/former-facebook-workers-we-routinely-suppressed-conser-1775461006>; Acessado em 08/09/2016.
[2] - O Facebook tem poder de escolher quais vídeos podemos ou não assistir. Gizmodo. Disponível em: <http://gizmodo.uol.com.br/facebook-poder-videos/?modeview=full>. Acessado em 08/09/2016.
[3] - Como a internet influencia secretamente nossas escolhas. BBC Brasil. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-36410030>. Acessado em 08/09/2016.
[4] - Usuários transformam seus murais do Facebook em “bolhas” ideológicas. El País Brasil. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/06/tecnologia/1430934202_446201.html>. Acessado em 08/09/2016.
[5] - A bolha de filtros do Facebook está deixando você cada vez mais burro. Motherboard Brasil. Disponível em: <http://motherboard.vice.com/pt_br/read/a-bolha-de-filtros-do-facebook-esta-piorando>. Acessado em 08/09/2016
Outros artigos sobre segurança nas redes sociais:
Fraude de identidade:
http://compesociety.blogspot.com.br/2016/09/fraude-de-identidade.html
Segurança ao enviar fotos íntimas:
http://compesociety.blogspot.com.br/2016/07/como-ter-seguranca-ao-enviar-fotos.html
Segurança nas redes sociais:
http://compesociety.blogspot.com.br/2016/07/seguranca-nas-redes-sociais-as-redes.html
O mundo digital chegou... e ele abriu a nossa porta com uma quantidade imensa de informação! É importante ressaltar o controle e medidas de segurança que as pessoas deve ter antes de se conectarem a rede e também enquanto estiverem navegando só assim a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação será mantida.
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